domingo, 12 de dezembro de 2010

não o digas com palavras

Eram 3 da madrugada e chovia torrencialmente. Estava deitada na minha cama, apenas com a tua camisa e uns boxers teus. O saco da água quente estava nos meus pés e tinha a cabeça pousada no pêlo daquele cão.
E, rompendo aquele silêncio ruidoso da chuva a bater nas telhas, toca o meu telemóvel. Eras tu. Sempre que me ligas, aparece a tua foto no fundo, aquela que eu adoro, a quem estás com uma guitarra. Atendo com a voz meia rouca, disfarçando que estava a dormir e me acordaste. Pergunto-te porque raio estavas acordado àquela hora, e tu suspiras: «Importas-te de abrir a porta? Está a chover!».
Corro pelas escadas a baixo, abro a porta, puxo-te para dentro e abraço-te! Ainda no dia anterior tinha estado contigo, mas já morria de saudades tuas outra vez!
Despi-te e obriguei-te a meteres-te debaixo do chuveiro com a água a ferver, mesmo sabendo que odeias. Desta vez foste tu que me puxaste contra ti, agarraste-me naquele calor, fizeste aquele sorriso que adoro em ti, aquele que fazes quando queres parecer inocente! Sabias bem que ia começar a reclamar contigo, por isso mesmo puseste os teus dedos sobre os meus lábios sorrindo e dizes: «Já sei que me amas, não o digas com palavras!».
E beijas-me. Beijas-me como se não houvesse amanhã. Beijas-me o mais longamente possível, o mais carinhosamente possível.
Consigo escapar-te e segredo-te ao ouvido: Adoro os teus beijos, já te tinha dito? Simplesmente adoro! E continuas...

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