sábado, 5 de fevereiro de 2011

curiosamente


Única parte boa do dia foi ouvir:
« O único ataque bom que fiz foi com o teu passe! »

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Justice ?

Queres falar de justiça? Sabes o que não é, realmente, justo? As tuas mensagens. No início era só "meu amor", "minha linda", "mulher da minha vida", "amo-te muito", "nunca te vou deixar", blábláblá... Um monte de tralha que me dizias e eu deixava-me seduzir. Respondia-te: "bebé", "chuchu", "meu fofinho", "és só tu, para sempre", "somos eternos", blábláblá! Teceste, ou melhor, eu deixei-te tecer uma pequena história de amor, de "happily ever after", que, como é de reparar, não foi bem para sempre...
Fomos felizes quê? Um mês? Dois meses? Uma felicidade cega, sem medida, sem controlo! Uma felicidade só...
Depois começaram os telefonemas, os "quero que seja tua a última voz que oiço antes de dormir", os "quero que seja tua a primeira voz que oiço quando acordo", os "desliga tu" "não, desliga tu, da última vez fui eu" "vá, desligamos ao mesmo tempo, um..." "dois..." "três!" " não desligaste!", os "amo-te muito" "eu mais" "não, eu mais", blábláblá, outra vez...
Não era mesmo um mar de alegria? Não era mesmo só felicidade?
E quando deixou de existir essa novidade e passou a haver cansaço? Monotonia naquele conjunto de palavras que, de tão repetidas, tão utilizadas, tão habituais, perderam o seu significado, a sua essência? Quando os "meu amor", "príncipe da minha vida", "quero ficar pra sempre contigo", "prometo nunca deixar-te", etc. se transformam em "ok", "sim", "pois foi", "ya", "deixa lá", "está bem"? Quando acabou a dicotomia "desliga - desliga tu" e "gosto de ti - eu mais" e passou a ser "desliga - "ping"" e "gosto de ti - eu sei"? Quando a história de amor deixa de ser de amor e passa a ser "história de dois companheiros"?
Aí é que começa a dureza! Aí é que se vê quem é que realmente gosta, e quem "ah e tal, até a curto". Sim, porque tu deixaste de me responder, deixaste de me atender, deixaste de vir ter comigo ao metro, deixaste de almoçar comigo, deixaste de ficar à minha espera à porta da escola... E eu não. Eu continuei a mandar mensagens, daquelas com quinze páginas! Continuei a ligar-te todas as noites e todas as manhãs. Continuei a ir ter a tua casa, a falar com os teus amigos, a ir ver os teus treinos e a ir ao café onde costumavas tomar o pequeno almoço.
Enquanto a ti te diziam "ei! és o rei, cagaste na miúda!", a mim diziam-me "és a maior ursa à face da terra, andas atrás do gajo que só te quer comer". Lá no fundo, acreditei que serias o homem da minha vida. Acreditei que contigo construiria uma casa, uma família e um negócio. Quem sabe, mais tarde até poderia escrever um livro daqueles algo enfadonhos e aborrecidos, que não interessam a ninguém, mas chegaria um no meu escritório para me sentir feliz.
Mas não, não quiseste. Fizeste questão que este futuro nunca existisse e deixaste-me. Acabaste comigo e juraste não mais voltar.
Agora reencontrei-te. Sabe lá Deus como, numa rua perdida no meio da cidade. E sabes o que é que ele, aquele que era teu "irmão" e, inesperadamente, se tornou grande companheiro meu me disse? "Foi mais injusto para ele, do que para ti.".