segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Meio vazio, ou meio cheio?

Tem sido impossível não me sentir sozinha. 
Mesmo quando estou com alguém, mesmo quando rodeada de uma multidão, tenho uma sensação de coração vazio, de alma desesperada.
Falta-me o silêncio confortável: estar de facto sozinha, mas de coração cheio.
Sei como o preencher, até tenho 2 modos: no primeiro quero fazer, mas não sei como; no segundo sei como fazer, mas ainda não quis o suficiente. 

Enfim, histórias de um ser triste que cura a sua tristeza em entristecer-se mais... Remédio santo, tenho a dizer!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Os atletas são pessoas especiais.

Tive dois treinadores que marcaram tanto na minha vida que nem sei comparar. Ensinaram-me tudo o que sei sobre o desporto, e muito do que já sei sobre a vida. Treinador também é isso: ensinar a "ser" e a "viver". Para além das técnicas e das táticas e das matérias específicas, ensinaram-me valores transversais a tudo na nossa vida.

Mais importante que fazer e acontecer, é ter um objetivo, um motivo, uma razão, um desejo.

Ultimamente tenho pensado muito nisto: "os atletas são pessoas especiais". Ouvi isto durante 5 anos! Sempre fez sentido, mas nunca o senti na pele. Nunca me senti especial por perder tantas e tantas coisas só para treinar: férias, fins de semana, jantares especiais, dormir até tarde, faltar a acontecimentos ou chegar sempre atrasada, etc, etc, etc. Realmente, na ideia de qualquer um, isto faria pouco sentido, abdicar de coisas boas para ir treinar! 

Mas não. Atletas são mesmo pessoas especiais! Porque eles querem, e querem muito! Inventam horas, dias, oportunidades, caminhos e meios para atingir fins. Dão 200% em treino, 200% nos estudos, 200% em casa, com os amigos! com a família... É um grande atleta, é um grande aluno, é um grande amigo, um grande filho, uma pessoa incrível! Falham! Imensas vezes, falham num treino, num teste, num aniversário... Mas não desistem. "Eu dou mais que isto!" "Eu consigo ser melhor!" "Eu quero!" "Eu preciso!" "Eu consigo!" "Eu vou!". 

Foi assim que me ensinaram a "ser". Especial.

E ultimamente não me tenho sentido assim... Falta-me um motivo, uma razão, um treinador.