Acreditei ...

Acreditei que comigo ia ser diferente. Acreditei que não eras o monstro, o palerma, o idiota que toda a gente me dizia, me jurava seres. Acreditei, mesmo com o passado bem agitado que tiveste, que te ia mudar.

E, quase como por magia, de ínicio, consegui! Eras extraordinariamente a melhor pessoa que conhecia, o meu maior orgulho! Amava-te de corpo e alma, faria tudo para te proteger, daria tudo para te ter a meu lado!

Subitamente mudaste. Como quem muda de camisola. Como quem adormece sem sol e acorda com ele a entrar pelas frinchas da portada. Mudaste a maneira de ser, de estar, de falar comigo! Mudaste a modo de me olhar, de me abraçar, de me beijar... Foi como se te estivesse a conhecer pela primeira vez, mas a única diferença foi que não me apaixonei. O ser que conhecia, não era o que estava sentado a meu lado! Era um estranho, alguém que nunca vira na minha vida inteira e alguém que comecei a querer não ver mais...

Mas não deixei. Não desisti. Não fui a baixo e tive mais força do que pensava ter. Fiquei ao teu lado em momentos, e que momentos!, em que todos os meus amigos, pessoas que só me querem bem, me disseram para desistir, para virar costas e fingir que nunca tinhamos acontecido, que nunca nos tinhamos sequer conhecido. Desiludi pessoas que me ajudaram, deixei pessoas sozinhas para estar contigo.

E agora, quem está sozinha? Quem adormece a chorar? Quem acorda a chorar? Sou eu!...

Não me arrependo de nada do que fiz, mas se pudesse voltar atrás, não tinha feito nada assim.

A minha história acabou de começar e eu acredito, eu ainda acredito, que nada acaba.