Antes & depois - quadro com conchas

Decidi pôr a minha mãe a trabalhar assim que vi esta ideia! 😜

Apesar de adorar isto das artes e renovações, a faculdade não tem dado muitas tréguas... Mas a minha mãe também gosta e foi só dar ideia e ela enlouqueceu enquanto não acabou!

O quadro original veio do Brasil, de casa da minha bisavó, já tem uns anos valentes e estava a precisar de uma recuperação! Tiramos a imagem, o vidro e pintou-se com uma tinta de madeira. Depois foi só colar as conchas (que tínhamos cá em casa! Trazemos sempre isto das praias onde encontramos! Esposende e a Ericeira têm bastantes). 

Fácil, certo? 

 

Better days indeed

Perdi a inspiração. Perdi aquele bichinho que não parava quieto. Perdi aquela voz interna que gritava. Perdi aquela sensação de querer mais. Perdi o foco. Perdi a luz. Perdi a fé.

Melhores dias já passaram... 

Melhores dias virão!

Perdão, na minha opinião...

Perdoar é esquecer. 

Apagar completamente da nossa memória.

(Se há coisa que me custa entender, que eu também faço apesar do meu esforço para contrariar, é porque raio nos agarramos tanto aos momentos maus, e esquecemos os momentos bons?)

Perdoar é não já saber contar bem o que se passou, e ficar feliz por já ser só uma imagem desfocada e distante.

Perdoar é perceber que houve um desvio, mas que não é obrigatório voltar ao caminho anterior.

Perdoar é esquecer.

Perdoar é agradecer.

Gente que não consegue dormir.

Que dia chato. Que noite chata.

Preciso de reaprender a agradecer os dias que tenho e amar aquilo que me é dado de livre vontade.

Quero dormir e não consigo... Consciência pesada, talvez... 

Desculpa, meu amor, mas acho que já não te sei amar...

Quando é que eu posso desmotivar?

Este ano está a ser, no mínimo, atribulado... Entre quatro treinos semanais mais um jogo no fim de semana, deixei de me pôr em primeiro lugar, mais uma vez, porque motivos mais fortes falavam. Resultado? Recaída nas costas... Dia 19 de março nas urgências do São João, não sabiam o que tinha, mas mandaram-me para casa com bastantes dores. Fui a um desses seres maravilhosos e mágicos, também conhecidos como fisioterapeutas, o que tinha era simples: nevralgia intercostal. Basicamente uma compressão de um nervo que passa entre as costelas. Era suposto estar boa, não era? Principalmente 3 meses depois, certo? Nada disso... Nem sei bem explicar a dor, mas parecem facadas (apesar de nunca ter levado nenhuma), é uma dor lacinante nas costelas do lado esquerdo, que me cortam a respiração e, por breves momentos, a vontade de respirar...

Mentalizar-me que tenho que cuidar primeiro de mim, que é bom, muito pouco ou nada...

Ainda por cima, fim de um semestre cansativo, com 7 cadeiras e muita falta de capacidade. Estou tão exausta que leio palavras onde elas não estão e sonho com matéria que não existe. Sim, isto porque ando a dormir mesmo mal (muito por causa das costas...)

Sei que não posso ir abaixo. Principalmente porque sei que não teria assim tanta gente que me agarrasse e me ajudasse a levantar... 

Hoje vou adormecer a chorar e amanhã vou-me levantar e fazer-me de forte em frente a toda a gente.

Uma mensagem

Toda a gente via como eram peças opostas de um puzzle. Ele calmo, realista, engenhoso, racional. Ela explosiva, orgulhosa, criativa, sonhadora. Ninguém sabia bem como resultava. Parecia ser um segredo dos dois. Algo que acontecia quase naturalmente. Mais que simples amantes, que se envolviam no calor da noite... Muito mais que isso... Eram duas almas que se complementavam e se uniam harmoniosamente. De modo algum almas-gémeas! Eram diferentes demais para tal... Mas era um amor invejável. Um amor daqueles dos sonhos dela... 

Que pena é passar uma vida a sonhar, se a realidade é como uma faca que cada vez nos aproxima mais da morte...

Meio vazio, ou meio cheio?

Tem sido impossível não me sentir sozinha. 

Mesmo quando estou com alguém, mesmo quando rodeada de uma multidão, tenho uma sensação de coração vazio, de alma desesperada.

Falta-me o silêncio confortável: estar de facto sozinha, mas de coração cheio.

Sei como o preencher, até tenho 2 modos: no primeiro quero fazer, mas não sei como; no segundo sei como fazer, mas ainda não quis o suficiente. 

Enfim, histórias de um ser triste que cura a sua tristeza em entristecer-se mais... Remédio santo, tenho a dizer!

Os atletas são pessoas especiais.

Tive dois treinadores que marcaram tanto na minha vida que nem sei comparar. Ensinaram-me tudo o que sei sobre o desporto, e muito do que já sei sobre a vida. Treinador também é isso: ensinar a "ser" e a "viver". Para além das técnicas e das táticas e das matérias específicas, ensinaram-me valores transversais a tudo na nossa vida.

Mais importante que fazer e acontecer, é ter um objetivo, um motivo, uma razão, um desejo.

Ultimamente tenho pensado muito nisto: "os atletas são pessoas especiais". Ouvi isto durante 5 anos! Sempre fez sentido, mas nunca o senti na pele. Nunca me senti especial por perder tantas e tantas coisas só para treinar: férias, fins de semana, jantares especiais, dormir até tarde, faltar a acontecimentos ou chegar sempre atrasada, etc, etc, etc. Realmente, na ideia de qualquer um, isto faria pouco sentido, abdicar de coisas boas para ir treinar! 

Mas não. Atletas são mesmo pessoas especiais! Porque eles querem, e querem muito! Inventam horas, dias, oportunidades, caminhos e meios para atingir fins. Dão 200% em treino, 200% nos estudos, 200% em casa, com os amigos! com a família... É um grande atleta, é um grande aluno, é um grande amigo, um grande filho, uma pessoa incrível! Falham! Imensas vezes, falham num treino, num teste, num aniversário... Mas não desistem. "Eu dou mais que isto!" "Eu consigo ser melhor!" "Eu quero!" "Eu preciso!" "Eu consigo!" "Eu vou!". 

Foi assim que me ensinaram a "ser". Especial.

E ultimamente não me tenho sentido assim... Falta-me um motivo, uma razão, um treinador.

Príncipes e princesas

" Agora percebo porque toda a gente procura uma princesa ou um príncipe encantado... Cansa andar atrás. Por muito que a outra pessoa nos adore, nos queira e nos respeite, custa muito andar atrás. Custa muito, ao fim do milésimo elogio, não receber um de volta. Ao fim do milésimo convite, a resposta ser "não" quando o "sim" era possível se se esforçasse, e não receber um convite de volta.
A verdade é esta: os príncipes e as princesas existem! Estão é cansados...

(...)

Se nos esforçássemos mais por ser príncipes e princesas, se calhar a vida era mais bela, os momentos mais intensos, e o amor mais sentido. "

Já tinha saudades.